3 de jun. de 2009

CARTA AOS CEGOS

Na romagem dolorosa da vida de provação,
Também trazia os meus olhos. Iguais aos teus, meu irmão

Mas, se a estrada era obscura, se a noite era tão sombria,
Guardava, como tu guardas, as vibrações de alegria

É que, entre as sombras terrestres, na tua meditação,
Sabes ver os resplendores das luzes da redenção.

Talvez que de olhos sadios deixaste o teu sensório
Perder-se pelo caminho do sentimento ilusório.

Todos aqueles que recebe a provação da cegueira,
Sabe orar, sabe esperar, vendo a vida verdadeira.

Não percas a tua fé, a crença é a grande conquista,
De quem resgata no mundo, o abuso dos dons da vista.

Guarda a esperança em Jesus, na dor não te desanimes...
A cegueira é o resultado de muito de nossos crimes...

Nos tempo que já se foram, muitos de nós meus irmãos,
Fomos verdugo terríveis, plantando a desolação.

Os grandes desvios d'alma, no erro amargo e mesquinho,
São reparados na sombra, que nos envolve o caminho.

A cegueira é uma estação de corrigenda ou de cura,
Onde o espírito se aclara, visando a estrada futura.

Portanto, as horas de sombras, no curso de uma existência,
São nossa reintegração no amor e na inteligência.

Meu amigo, continua, alegre na fé, no amor;
Quem não sente a Luz de Deus, é cego mais sofredor.

Também fui cego do corpo, na senda de expiação,
Mas nunca guardei comigo as trevas do coração.

Depois das sombras espessas nas lutas da humanidade
Verás a alvorada eterna da luz da imortalidade.

Poesias psicografadas por Francisco Cândido Xavier, ditadas pelo espírito Casimiro Cunha.

Um comentário:

Noemi Szcypula disse...

Oi minha linda, achei muito bonito, mas achei um pouco triste, talvez eu esteja triste. amo vcs. muito beijos.